Você já reparou como nos referimos às eleições? Tem sempre alguém que ganha e outro que perde a disputa eleitoral. Ganha? Perde? Disputa? Então se trata de uma competição? E pelo quê? Pela defesa do País?
Os atletas
quando competem estão à procura de fama e dinheiro. E os nossos candidatos
políticos buscam o quê? Se o objetivo é o mesmo (defender a população), por que
há disputa? Quem tem os mesmos objetivos não precisa brigar entre si. Afinal,
não existem adversários. Estão todos do mesmo lado. Já numa batalha pela
conquista de um território vale tudo. Principalmente, golpe baixo.
Mas eleição é isso
mesmo? Não seria esse o momento em que escolhemos as pessoas mais preparadas
para decidir os rumos do País? A melhor metáfora seria uma competição
esportiva, uma guerra ou um processo de seleção, em que, de acordo com os
critérios previstos no regulamento, escolhemos os melhores candidatos? Fico com
esta última opção. A melhor pergunta não seria, então, quem ganhou ou vai
ganhar as eleições, mas quem ganha com as eleições. E a resposta para essa
pergunta deveria ser: o povo.
* A crônica ‘Quem ganha com as eleições?’ ficou em 3º lugar no IV
Concurso Literário da Academia Leopoldinense de Letras e Artes (ALLA).
Leia também a crônica: Jornalista vale alguma coisa?
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